Que se volte a luz!

Desatinos, Descompassos e Devaneios

24 de outubro de 2008

O tempo Inimigo I

Pára tempo, por favor, pára

Não avança e não me joga ao abismo

Faça-me amar mais e ser amado

Não me traga fendas no rosto

Não me traga cabelos mais claros

Pára tempo, por favor, pára



Não leve ninguém mais

Não me traga ninguém também

Já tenho tudo que eu preciso

Pára tempo, por favor, pára

Não mostre mais a noite solitária

Não mostre o dia vazio

Não me deixe caminhar sozinho

Não me deixe ser um fardo

Pára tempo

Não me traga mais mágoas

Não me traga mais nada

Apenas pare

Pára tempo, por favor, pára.

21 de outubro de 2008

Twisted

Twisted

Quando pessoas competentes têm um sonho e resolvem criar alguma coisa, nada pode dar errado e o que toca, com certeza vai virar sucesso.
Neste último dia 18/10 foi criado a TWISTED aqui em Natal/RN, uma label diferente, com o melhor do tribal progressivo, para um público antenado e selecionado, trazendo dj’s fantásticos, entre eles, o Adrian Dalera do México, fazendo a maior festa já vista na capital potiguar!

A festa ocorreu em uma das maiores boates da cidade, na Music-Club, um lugar moderno, a iluminação foi realizada pela maior empresa na área, castelo casado. E mesmo com alguns pequenos problemas, nada foi percebido pelo público.



Eu e a Miss Danny fomos Door e Hostess, nós dois na porta já dava a cara de como seria perfeita a noite (modéstia a parte).



O som ficou por conta do DJ Rogher de Salvador, DJ Alex, DJ Adrian Dalera e para finalizar Dj Neto que encerrou a festa às 6 e 20 da manhã de domingo... O som foi o melhor de todos os tempos, todas as músicas foram de primeiríssima qualidade!

Realmente nasceu uma festa que vai colocar Natal dentro das maiores circuit parties do país!!!

Viva a Twisted, a melhor festa do ano de 2008!




Obrigado a todos que fizeram esta festa acontecer: Alex, Robson, Tarcísio, Wlademyr, Marcelo, Manoel, Lucian, Danny, Negrellos, Adrian.

Se esqueci alguém, desculpa, manda recado que eu adiciono!!!

Carpe Diem

Márcio Dadox

14 de outubro de 2008

Sonhos...


Hoje estava lendo por aí e reli algo que há muito tempo eu precisava, lá estava escrito: um sonho quando sonhado sozinho é apenas um sonho, mas quando sonhado junto vira realidade.

E então tentei sonhar junto, sempre seguindo a verdade, sinceridade, lealdade e fidelidade. Jogando limpo, aberto, até me prejudicando em algumas situações para que este sonho fosse realmente sonhado junto. Aprendendo a perdoar, a segurar lágrimas, convivendo com pequenas, médias e grandes mentiras e tentando refazer um bem nobre, algo que se constrói devagar, com pequenos passos, com o dia-a-dia, com o acordar e com o adormecer. A confiança...

Talvez uma anulação, acho esta palavra um pouco forte, mas acho que minha dedicação excessiva, fez mal não só a mim, mas ao sonho de sonhar junto, de construir junto. Não aprendi a dizer não na hora certa e nem em hora alguma. Como é difícil dizer não e deixei ir seguindo, sem preponderar e chegar num estado tão avançado que agora talvez surja o não, talvez não me faça feliz, mas quem sabe, tranqüilo.

Fiquei o dia pensativo e mais uma vez me prejudiquei, fui mal no trabalho, fiquei desapontado, me senti excluído ao final do dia e me perguntando o porquê de estar passando por tudo isso? Eu, logo eu, que mal fiz?

Sempre dedicado em tudo que faço, mesmo sem ser reconhecido.
Sempre atencioso para que tudo saia correto, mesmo sem receber um elogio
Sempre presente, mesmo sem ser notado.

Qual a razão de tudo isso? Não existe razão! Eu, engenheiro, seguido pelo coração que já não me pertence, mergulhado em um mar de mágoas e ressentimentos.

Cansado, exausto e sonhando sozinho...

É assim que venho me sentindo.

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Primeira vez sem o Carpe Diem

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Deus me guie.

Márcio Dadox

11 de outubro de 2008

Lançando os Dados

Aprendendo a lançar os dados...

Um dia eu aprendo a não criar expectativas
A não ser ansioso
A não mais perder meu tempo esperando
A me valorizar mais


A não ligar para quem não me liga
A não sentir raiva de mim mesmo por fazer TUDO pelos outros e saber que parece um sacrifício alguém fazer algo por você
Um dia aprendo a não pedir nada a ninguém

Aprendo que o homem não tem só a essência ruim e sim, ele é completamente mal e infelizes daqueles (como eu) que pensam que são bons!
Aprendo também a dizer não, pois dizer sim é muito fácil
Aprendo não me preocupar se fiz bem ou mal
Aprendo a não sentir medo

Aprendo a mentir
Aprendo a deixar as pessoas falando sozinhas
Aprendo a não ouvir
Aprendo a não falar
Aprendo a ser seco
Aprendo a não chorar
Aprendo a ignorar
Aprendo a sair de todas as situações sem culpa
Deitar na minha cama, em meu belo travesseiro, sentir o perfume do edredom e dormir e ainda sonhar e sonhar...



E neste dia, neste dia, você conhecerá o meu outro lado e vai desejar me esquecer e nem saber quem eu sou e eu, bem, eu muito menos irei querer saber de você!

Carpe diem

Márcio Dadox
Música de Hoje... Silêncio!

5 de outubro de 2008

E assim eu cresci...

Nossa última foto vó... após o casamento da mamãe...
Deus te guie vó...

Quando nascemos, temos uma família, temos avôs, avós e somos os queridinhos, somos pequenos, perguntamos, apanhamos, aprendemos, brigamos, mas temos todos ao nosso redor...
Com o passar do tempo, começam as inseguranças, a vontade de crescer, os namoros, nos apaixonamos e eventualmente alguém parte deixando saudade.
Então crescemos mais ainda, somos chamados de tios (as), algumas vezes de pai ou mãe e sentimos que algumas pessoas continuam partindo. Temos medo de não conseguir, de não atingir aos nossos objetivos. Mas há uma forma do Cara mostrar como você sabe que envelheceu de forma natural... Quando você olha para seus pais e eles agora são a primeira geração, eles já têm as marcas do tempo em suas faces e a experiência necessária para comandar uma família...
E você? Bem, no processo natural, você já sabe dirigir, já saiu da faculdade, está batalhando alguém para dividir com você uma vida a dois, a três...
Hoje partiu deixando saudade a minha última vó. Ela se foi, ela ainda estava aqui entre nós e eu ainda uma criança grande fiquei meio órfão com sua partida surpresa, mas já esperada e por que não dizer também desejada? Estava pedindo o seu descanso desde o começo da semana e acho que Deus ouviu as minhas preces e também as da minha mãe.
Deus te levou na hora mais que certa. Nós te amamos muito e saiba que reconhecemos a sua luta, a sua gana, sua alegria e suas piadas nunca serão esquecidas, mesmo depois desta fase que nós tivemos com a senhora e que eu sei que para a senhora não foi tão boa. Não queria ter lágimas nos olhos agora e sim um sorriso, mas como você sabe, choro por tudo e minhas lágrimas não são só de tristeza, mas também de alegria.
Ainda lembro, como se fosse hoje, a forma em que nós fomos apresentados, esta forma não foi natural né vó? Eu já tinha 15 anos, já era um pouco tarde, mas obrigado por ter me feito rir muito na minha primeira viagem ao Rio, saiba que vou guardar você na minha mais doce memória. Vai com os anjos vó... Agora percebo que envelheci... Mas pode ter certeza que envelheço feliz por ter tido você aqui mais um pouco comigo. Desculpa a minha ausência em alguns domingos... E obrigado pelos dias que passamos juntos.

Carpe diem

Márcio Bezerra

4 de outubro de 2008

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.

Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.

Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.



Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...

Carlos Drumond de Andrad

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Carpe diem

Márcio Dadox