Que se volte a luz!

Desatinos, Descompassos e Devaneios

26 de agosto de 2009

Um dia de Merda!

Entro no banheiro com aquele copinho (coletor universal), uma palheta e um prato descartável. É, terei que fazer o serviço ali mesmo, naquele pratinho que geralmente eu como bolo de aniversário, desta vez ele vai servir para outro tipo de bolo. Estranho, nunca perguntei a ninguém como é feito um exame de fezes. Bom, miro no pratinho e torço para que ele caiba ali, nem mais e nem menos e que ele venha seco, nada de molhado e rezo para que não venha uma dor de barriga. Que situação!

Serviço, feito. GOL! Tudo certo, acerto no pratinho e então pego aquela palhetinha medíocre para colocar o meu amigo expelido naquele copinho. Que parte eu pego? O começo? O fim? Tipo assim, ninguém vai querer que eu faça um quarteamento da amostra e homogeneíze ali não é? Resolvo pegar um pedaço de cada ponta. Que nojo! É, mais todo mundo faz isso não é? Que situação!

Durmo tranquilo. Cocô colocado na porta da geladeira! Pela manhã irei colher a urina. Acordo e me deparo com a seguinte dúvida E agora? Pego o primeiro jato? O meio? O final? Ainda bem que sou homem e tenho uma mira boa, coloco uma parte de cada, começo, meio e fim. Perfeito! Agora é só levar para a análise.

Um dia de chuva! Muita chuva, engarrafamento, chego ao laboratório e olho para os dois coletores, um do lado do outro, como dois irmãos, dentro de suas respectivas caixinhas colocados ao meu lado no banco do carona no carro. E então veio a surpresa.

O pote que continha meu lindo e louro xixi, virou, molhou a caixinha, a caixinha do pote com cocô e todo o banco. Os vidros fechados do carro, eu com o pote molhado na mão, o pote do cocô molhado de xixi, a chuva caindo e então eu corro para dentro do laboratório com um pote vazio e o outro com o cocô todo mijado. Jogo o pote do xixi no lixo, limpo a mão na calça e o cocô em sua caixinha vai ser entregue ao recepcionista. Que situação!

Juro que eu tentei secar a caixinha do pote do cocô, mas ela tava toda mijada, então, com aquele pote transparente e com a obra feita, eu não iria tirá-lo de lá. Entrego ele na caixa ensopada de mijo ao rapaz, muito simpático por sinal, ele até pergunta se o meu cocô é do dia! Quer dizer agora que o cocô tem que ser fresco? Que situação!

Ele então preenche a ficha e pega na caixa mijada, tira o pote, seca com um pedaço de papel pensando que é água da chuva. Então ele tenta riscar com a caneta, não consegue, pega outro pedaço de papel e seca. Depois ele amassa o papel, joga-o no lixo e passa suas lindas mãos no cabelo... Que situação!

Volto pro carro, a chuva continua torrencial, não posso abrir o vidro do carro... E passo o dia dirigindo, sentindo o cheiro do meu xixi enquanto dirijo voltando para casa...

Carpe diem

16 de agosto de 2009

Once Upon a Time...



Todo final é sinal de um novo recomeço... de se reeguer... Estou me alimentando de música, em especial esta aqui...


Acho que a foto aumenta quando clicada... Mas em todo caso...

Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
"Só não desonre o meu nome"

Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome

Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber


9 de agosto de 2009

What I Wanted (by Nelly Furtado)

Eu deixei a mente me levar

Não quis ouvir o que você tinha pra dizer

Você mudou os meus planos

Eu me mostrei inseguro

Mas eu pensava que você poderia estar certo

Eu, talvez, estivesse cego

Mas no fim da minha vida

Bem na parte final

Eu soube que tudo foi bom

E neste fim da vida

Em sua parte final

Eu me tornei o que você queria que eu fosse

E eu nunca realmente consegui ser

O que eu deveria ter sido

Eu mesmo.

Mas isto não foi problema

Eu pensava que era muito

Pedir novamente tudo aquilo que perdemos

Eu imaginei que era apenas um sonho

O tempo muda muitas coisas

Mas meu coração ainda chora

Por você, mas eu nem sei o porquê.

Eu pensei que tivesse desperdiçado os meus últimos dias

Preso em sua alma

Agora quem sou eu? Desde que você se foi?

Todas as coisas que perdi

Eu fui depois o que eu queria ser

E isto não foi realmente problema

Tudo que passamos realmente não foi problema

Não... Não...

3 de agosto de 2009

"Eles Venceram"

Quando você chegou, foi logo rejeitado, eu não sabia o que fazer, mas queria você para mim. E aceitei você assim mesmo.... Revoltado, querendo agredir todo mundo, meio laranja, meio branco, estranhando tudo, não subia nas camas, tinha medo de entrar nos quarto, não tinha quem chegasse perto e com o tempo você foi conquistando os espaços dentro de casa, dormindo com meus pais, fazendo o meu pai caminhar cedo com seus pedidos loucos às 5h da manhã, colocando sempre a cabeça em meu colo quando eu estava sozinho. Me desesperei quando você foi sequestrado e fui a rua panfletar em pleno meio-dia, oferecendo recompensa para ter você de volta, passei os 8 dias mais longo do ano de 2008.

Bastava eu chamar seu nome após o almoço e você estava lá em cima da minha cama, com a cabeça em minha barriga ou em meu colo, querendo ou pedindo que eu passasse a mão. Como estou atrasado com a revista veja, dói em ler na Capa “eles venceram”. Nem precisava ler tal reportagem para saber o quanto você já fazia parte de mim, dominando tudo e todos aqui em casa, sua carinha de revoltado ao saber que no dia iria ser peixe ou carne de sol e não aquele frango (mesmo sem sal, sem tempero, mas que você tanto gostava). Hoje, neste domingo, não tive tempo de me despedir de você ao sair, não sei se você almoçou direito, se você reclamou porque tinha passado do meio-dia e seu almoço não tinha sido posto, só sei que ao chegar agora em casa não vi seu rabo levantando ou ouvi o seu latido preguiçoso por eu estar chegando de madrugada. Era muito legal chegar em casa e ver você se mostrar comendo toda a ração em um papel de propaganda (não poderia ser outro), pois sempre você estava ali, comendo e eu vendo, dizendo que iria comer se você não comesse. Não poderei mais curtir você ao meu lado ou na minha frente... minha mãe não terá que disputar mais nenhuma cadeira ao sentar. Simplesmente te chamaram hoje e você por breves 6 anos viveu comigo e me fez a pessoa mais feliz do mundo. Obrigado Kitter.