Que se volte a luz!

Desatinos, Descompassos e Devaneios

15 de dezembro de 2013

Quando o amor morrer em mim


Quando o amor morrer em mim, não haverá cor, não haverá preto, branco, “nego” ou qualquer apelido carinhoso. Não haverá “mô”, “amor” ou “vida”.
Quando o amor morrer em mim, não haverá voos, não haverá retornos, apenas partidas. Quando o amor morrer em mim, minha cama ficará vazia, não terá perfume, não haverá sonhos, não haverá planos, não haverá vida.
Quando o amor morrer em mim, não me chame, tentarei adormecer naquela dor já vivida, a angústia irá sucumbir e com ela eu deverei renascer mais uma vez.
Quando o amor morrer em mim, não serei eu o perdedor, talvez, eu, ainda com a dor, poderei dizer que venci.
Quando o amor morrer em mim, estarei novamente pronto para amar e jamais deixar esse amor morrer.


Carpe diem

9 de dezembro de 2013

Paroxismos nossos - David Raphael

Paroxismos nossos

Palavreamos sobre os nossos amores e dissabores,
 dos nossos casos, acasos e descasos.
 Revelamos o passado, interrogamos o futuro.
 Ele mostra-me a força da maré.
Eu? Absorto em pensamentos, coração indolente.

Mentira! Puro disfarce.
A dor é companheira,
quase cara-metade.
Que ela não seja a tua também.
 “(...) É minha só, não é de mais ninguém.”.

Descalços, estamos. Nus.
Falta-nos salivas sinceras.
O aconchego? Buscamos nas pequenas esperanças.
Nas dosadas epifanias.

Parece que somos inadequados,
demasiados.
Mas, lembremo-nos:
“Para quem viaja ao encontro do sol é sempre madrugada.”

Obrigado, David...