Entro no segundo semestre já atrasado. Sentimento renovado, quero apenas correr, quem sabe aprender a voar. A ansiedade começa a me deixar nervoso, tenso, cansado. Acordo sem ter adormecido, caminho às vezes sem saber para onde e quando chego é lugar nenhum, retorno...
Pego ônibus errado, vou adiante, pego o ônibus correto, esqueço de descer. Mudo de academia, reinvento, adoeço e começo a faltar como antes. Alegre, leio novas revistas e logo esqueço, tão rápido como um raio e chego a reler e viajo, não entendo. Idade? Tenho marcas que dizem que sim, os cremes dizem que não, nem sei mais qual é o do dia ou da noite, na dúvida passo todos.
Acendo um cigarro, tomo uma cerveja, duas, três... Quinze, fico tonto, me levam pra casa, tomo meu remédio para triglicérie (idade?). Colesterol baixou, a outra taxa também, porém, ainda está acima do máximo, cortei todo o açúcar. Volto a malhar amanhã, vou correr se não chover, se o sol estiver fraco e se eu estiver disposto, melhor cortar o disposto, já é querer demais para correr!
Começar a dieta, está escrito em letras garrafais em meu mural, não posso a partir de hoje, já quebrei, tentei ao máximo, mas teve festa, comi... Comi... Comi... Passei mal, tudo colocado para fora, assim como a feijoada que eu comi no sábado, descobri que a minha intolerância a carne suína está de volta, assim como a minha intolerância a grande parte de comida... Ah! Se eu pudesse fazer fotossíntese, enterraria meus pés no jardim e viveria de luz e água, mas como viver de luz se a minha pele branca como a neve queima como fogo após poucas horas de sol? Castigo, volte para dentro de casa e coma...
Quando viajo? Queria tanto saber, queria tanto fazer acontecer, droga de tattoo... Cadê o viver intensamente? Precisando fazer outra para recomeçar... Que tal uma fênix? Renascer das cinzas, brega né? Mas segundo meu mapa astral, funciona...
Ai ai... Turbilhão de pensamentos que basta uma descarga, não elétrica, e sim, daquelas de 20L de água, para tudo ir para seu devido lugar... O lugar que eu acho que estou entrando, na mais bela fossa!
Ah! Doce fossa!
Carpe diem.
Márcio Bezerra