Que se volte a luz!

Desatinos, Descompassos e Devaneios

19 de dezembro de 2011

Pensando em você


Penso em você ao acordar e mesmo de olhos fechados, penso em você.
Às vezes sonhando, mesmo acordado, penso em você.
Penso em você quando respiro.

Penso em você a cada vez que dou um passo.
Obsessão, doença ou vício,
Chame do que quiser.
Eu penso em você.
Pensar em você me causa ansiedade.
Penso em você quando estou com fome,
Fome dos seus beijos que não tenho, dos abraços que não sinto e dos sonhos não realizados,
Penso em você e fico cansado, ao mesmo tempo em que pensar em você, me traz energia,
Penso em você mesmo sem querer pensar em você.
Penso em você quando estou triste e o meu dia passa a ficar mais alegre,
Penso em você quando não posso pensar em você.
Penso em você quando estou alegre e então passo a ficar triste por saber que apenas posso pensar em você e não ter você.
Penso em você cada segundo, centésimo, milésimo.
Penso, penso e fico penso de pensar em você.
Penso o quanto eu deveria pensar...

Adoraria que você pensasse em mim apenas uma vez ao dia,

Ligasse apenas para dizer: oi, estava pensando em você ...
Eu responderia: que bom, eu estava fazendo a mesma coisa.

Carpe diem
Márcio Dadox

10 de dezembro de 2011

A Casca


A Casca 

Seria eu, a metade do nada uma parte?
Não, a metade não é parte,
Porém se faz inteiro
Quando completa o vazio
Que deixa de ser vazio
E passa a ser completo de nada

Por fora, uma imagem aparente,
Um riso, uma felicidade inventada,
Por dentro, vidro moído,
Rasgando o completo vazio
Que preenche o que antes era apenas nada,
Seria eu, uma parte inteira da metade do nada?

Carpe diem,

Márcio Dadox

Devaneios...

7 de dezembro de 2011

Apaixonar-se (Fall in love)


Apaixonar-se

                A paixão vem sem idade, não pergunta a hora, o local ou a razão, ela apenas chega e se instala. Ela chega de uma forma que não sabemos se estamos preparados, a verdade é que nunca estamos.

                Não estamos preparados para um sentimento que vai nos fazer sair da rotina, em que iremos ter noites de insônia, que ficaremos aflitos com a ausência ou que ficaremos imaginando algo que não seja real, ah! Imaginar... Imaginar... Verbo que me fez pensar várias vezes em minhas atitudes.


                Estamos preparados para se apaixonar? A verdade é não e chego à conclusão que este sentimento causa mais angústia do que prazer. Pois vejamos: você se apaixona, pensa o dia todo em alguém, sente o cheiro dela sem sua presença, escuta até a sua voz. Você fica querendo mudar sua rotina para achar tempo para ficar junto, mesmo que por um minuto, você para de comer, de beber, de sair com seus amigos, de responder aos seus familiares, seu rendimento no trabalho cai e pode chegar a zero, você também se torna mais esquecido e todos os verão com uma pessoa relapsa ou para alguns, você estará APAIXONADO, assim mesmo, com letras garrafais.

                Apaixonar-se é como ficar doente e às vezes você fica, pois sua imunidade pode cair e a febre pode se instalar. Quando a paixão é correspondida, os sintomas são menores, quando não, a paixão até vai embora da mesma forma que entrou, um caso raro. Mas existe ainda outra forma de paixão, quando você se apaixona por alguém que apenas quer brincar com seus sentimentos. Essa forma é a que mais existe, algumas pessoas o faz sem querer, pois pensam que podem corresponder com o passar do tempo, já outras... Embarcam pensando em tirar proveito de tudo isso. Ah! E quando isso acontece... 

                Quando for se apaixonar procure alguém em que essa paixão possa com o tempo ser transformado em amor, não é uma tarefa fácil, você poderá confundir diversas vezes. Algumas irão transformar essa paixão em ciúmes ou em algo pior, como posse, podem até querer tentar associar o ciúme ao amor, mas tenha certeza de que eles nunca andarão lado a lado. Um sentimento sempre irá ser maior do que o outro e se o ciúme for maior do que o amor, esse estará submetido ao total fracasso. Porém, se o amor for maior do que o ciúme. Você terá encontrado o baú de ouro ao fim do arco-íris... Será mais do que um milagre, será algo impossível.



Não espero que concordem comigo, mas agora a vejo assim...



Carpe diem,


Márcio Dadox

1 de novembro de 2011

Então resolvi partir...


Então resolvi partir...

Em breve estarei partindo desta cidade que me trouxe muitas alegrias, mas onde a tristeza ganhou muito espaço e venceu os sorrisos e os sonhos que eu trazia na alma. Estarei partindo para tentar fazer aquilo que busquei várias vezes aqui, mas não consegui. Irei dar sentido na palavra RECOMEÇAR.

Estarei partindo, não porque eu não queira ficar, mas a minha alma não consegue mais ficar sozinha dia após dia, noite após noite. Preciso de amigos, da minha família, preciso me sentir amado, pois amor eu tenho de sobra e não há ninguém que possa dizer que não o compartilhei.

Estou indo, pois as lágrimas venceram meu sorriso largo, o telefone que não toca, a família que não vejo, a busca incessante por um número que eu possa ligar e me atender sem ser inconveniente, pois sempre é tarde, ou é cedo, ou é uma hora que não há como atender.

Estou indo para poder abraçar a quem eu amo mais vezes, para brincar, ver os meus sobrinhos crescerem e quando me sentir só, em pouco tempo dormir no aconchego da casa dos meus pais.

Estou indo embora, tentar dar um adeus a solidão, pois essa companheira que insiste em ficar ao meu lado não está me fazendo nada bem. Chega deste sertão virá mar, chega...

Carpe diem,

Márcio Dadox
Aos amigos, hoje realmente eu escrevi com a alma, na verdade com a dor que ela está sentindo...

8 de outubro de 2011

Uma noite de Felicidade


Uma noite de felicidade

                Há pouco mais de dois anos entrei para uma família chamada IFRN, entrei como professor, totalmente inexperiente, cheio de sonhos e expectativas, em um campus a 420Km da minha antiga casa. Dois anos se passaram e eu pude acompanhar durante 4 semestres os primeiros alunos do curso técnico em Alimentos (subsequente), fui professor em várias disciplinas, feliz com cada desafio que eu recebia.

                Ontem estes meus queridos alunos, no total de 41, colaram grau. Uma cerimônia em que cada um que subia ao palco do auditório, me passava um filme na memória. Cada nome chamado estava gravado, eu lembrava as histórias e os apelidos criados.

                Passei por algumas barreiras, muitas lágrimas, muita vontade de desistir, de ir embora e ao mesmo tempo, quando eu lembrava das carinhas destes alunos, meu coração batia mais forte e eu sabia que não poderia ir, não era chegado o momento. Ao final, com todas as pedras do caminho, eu fui juntando e contruí a primeira parede do meu castelo. 

                Ontem foi um grande dia, um dia de conquista para mim e para estes novos técnicos em alimentos. Que bom poder ter contribuído para a formação destes cidadãos. Eles não sabem o quanto foram valiosos para mim, aprendi muito com eles. Acho que aprendi muito mais do que eu pude ensinar e o melhor, eles realmente conseguiram me deixar mais apaixonado pela profissão que eu escolhi, a de ser engenheiro-professor ou professor-engenheiro (confesso que gosto mais desse).


Parabéns! Estou muito, mais muito orgulhoso de vocês!

Carpe diem
Márcio Dadox


8 de setembro de 2011

Preciso de Alguém...


Preciso de Alguém

Preciso de alguém de dia...

Alguém que olhe para mim e deseje ficar mais 5 minutos na cama, não pela preguiça, mas porque ao ficar do meu lado, é desejar que o tempo não passe.

Preciso de alguém que fale em meu ouvido que está na hora de acordar, sem aquela voz mecatrônica das máquinas modernas, que sussurre e respire enquanto diz, que me beije todas as manhãs.

Preciso de alguém que tome café junto comigo, que pergunte como será meu dia, mesmo já sabendo da minha rotina e que mesmo não entendendo nada do meu trabalho ouça com atenção, que me dê forças e que apenas me abrace e sorria dizendo: vai dá tudo certo, confio em você.

Alguém que não me deixe almoçar sozinho, passando em meu trabalho ou pedindo que a pegue ou simplesmente que me ligue me convidando para almoçar em casa, pois o almoço que fez é especial, mesmo sendo macarrão instantâneo e suco em pó de um sabor que a gente nunca sabe. Mas a “mentira” foi para nos manter juntos por um tempinho antes de enfrentar mais uma tarde.

Preciso de alguém à tarde...

Que queira dormir pelo menos quinze minutos ao meu lado antes de voltar ao trabalho, mesmo sabendo que eu não conseguiria, mas o desejo de estar perto é um desejo incontrolável. Que pense em mim em primeiro lugar, sabendo que não está fazendo nada de errado ao pensar assim, já que eu também sou parte dela.

Preciso de alguém à noite...

Para voltarmos para casa com desejo de nos tornarmos um só corpo, para falarmos bobagens e rirmos em frente à TV, para ajudar um ao outro quando o dia for triste e enxugar as minhas lágrimas, para apoiar nas minhas decisões, que afinal são nossas, para dormirmos abraçados e fazer disso uma rotina...

Preciso de alguém para que eu possa ser também este alguém e fazer isto todos os dias.

Carpe diem
Márcio Dadox

27 de agosto de 2011

Para Viver Bem Ao Lado de Quem Se Ama

Este texto não é meu, quem dera fosse... Mas é algo que eu não tenho palavras para descrevê-lo o quanto ele me trouxe de engrandecedor. Algo que todos nós sabemos, mas como sempre nunca colocamos em prática, sempre sonhando com o impossível enquanto a verdadeira felicidade está ao alcance das nossas mãos.


Para viver bem ao lado do ser amado, é preciso compartilhar.

Compartilhar sonhos, ideiais, projetos. E se não forem os mesmos,
que seja possível contemporizar, ajustar, compreender e aceitar.
Não é imprescindível que seja a figura da perfeição, nem que venha montado num cavalo branco
(nem ando a cavalo mesmo!)
mas é necessário que esteja presente, não em todas as horas do dia,
mas que sua alma se ligue à minha nos momentos mais importantes.
Não é necessário fazer-me todas as vontades, mas as nossas vontades, juntos.
Não precisa dizer o que quero nem adivinhar o que penso,
mas que converse comigo e tente entender minhas loucuras.
Como nem sempre isso é possível, que tente respeitá-las.
Que eu possa respeitar também as suas.

Não precisa trazer flores, nem bombons, nem presentes todos os dias.
Mas que estar com ele seja o presente que eu tenha todos os dias em que
for possível.
Que estarmos juntos seja o motivo da maior alegria do dia,
aquele momento que esperamos desde manhã e que demora a chegar,
mas que quando chega é sempre maravilhoso.
Que esse tempo juntos seja tranquilo,de paz.
Que não hajam brigas, e que hajam muito poucas discussões.
Que hajam muitos sorrisos e bastante cumplicidade.
E que quando tiver maus humor (e terá), que passe.
Que o meu amor seja o seu amor e que o dele seja meu.
Sem ciúme demais.
E que a gente não se complete, mas que se complemente,
já que eu sempre existirei sem ele e ele sem mim,
mas sabendo que estarmos juntos é tão extraordinário,
que não gostaria de estar sem ele, nem ele sem mim.

Que seja possível ler amor nos seus olhos. E que seus olhos me olhem,
sempre que possível com ternura, e às vezes com paixão também.
Que possamos fazer alguns planos.
E que se não saírem exatamente como planejado, que possamos
fazer outros planos e sonharmos juntos, com os pés no chão.

E desses sonhos que ainda sonho, mantenhos aqui no mundo real,
onde a pessoa amada existe e está sempre que possível ao meu lado.
E tenta me entender, se encaixa comigo à noite, liga quando pode,
e sente minha falta quando eu não estou.
Viaja comigo e faz planos.
E passa comigo dias maravilhosos,
sabendo mesmo que existimos um sem o outro,
mas que existirmos juntos é muito melhor.


3 de junho de 2011

Casa de Pai e Mãe

Estou doente, já penso em meus pais. O nosso maior alicerce é a família e disso eu nunca tive dúvida. Sempre fui apegado a minha família e sair de casa e se tornar gente grande foi bem mais complicado do que eu pensava. Não é o começo, mas depois de quase dois anos fora de casa, sonho com os dias em que volto à casa deles para poder dormir no aconchego do que realmente conheço como lar.

É na casa dos meus pais e ao lado da minha mãe que fico curado quando estou doente fisicamente, é lá que eu recarrego a minha bateria, é lá, e somente lá, que eu curo as dores da minha alma.

Na casa dos meus pais é com o cheiro do café quente que desperto pela manhã e também às 15h. É lá que posso rir a vontade e, quem diria, esquecer as minhas preocupações, esqueço tudo que pode me deixar triste. É na casa dos meus pais que os sonhos, mesmo distantes ficam mais perto, é quando tenho vontade de lutar e conquistar não só por mim, mas por eles também. É lá na casa dos meus pais que volto a ser menino e sinto bater no peito que a paz existe.

Carpe diem
Márcio Bezerra

1 de maio de 2011

Um post simples - One Way

Um post simples

Talvez eu tenha passado muito tempo no computador. Não, a verdade é que eu sei que tenho passado muito tempo no computador, tenho lido bastante, tenho escutado novas músicas, tenho feito novas amizades e consolidadas tantas outras e assim eu tenho tentado não me sentir sozinho.

Eu poderia largar o computador e sair por aí, mas para que? Não quero cometer os mesmo erros que fizeram e que alguns ainda fazem comigo (confesso que me deixo permitir isso, eu tenho sensação de que sou sadomasoquista). Tão mais sadia é minha vida dessa forma. Entre um comentário e outro falo com minha família e ela me faz a pessoa mais feliz do mundo e vejo que quando estou com ela, me sinto cada vez mais forte.

O mês de maio agora começa, não aguento mais a palavra recomeçar soando fortemente em minha cabeça. Afinal, o que são apenas palavras jogadas ao vento quando não se toma nenhuma atitude? É como um eu te amo vazio, e desses, já recebi tantos que estou dando tanta importância quanto à palavra recomeçar em minha vida...

Hoje, primeiro de maio, estou quase feliz por ter me mantido quase bom, quase calmo, quase paciente... Não precisei chorar, não precisei me desesperar, porém sempre acompanhado de um quase e engraçado é que me sinto bem por ter dado este grande passo, pois acho que estou quase esquecendo das dores que querem me fazer quase sempre triste.

Caminhando, um passo de cada vez e aprendendo que há muito a ser vencido e vamos caminhar sempre buscando andar ao lado de quem nos faz bem. Assim, quem sabe, eu paro de ficar tanto tempo na frente do computador e passo a sair errando como tantos outros...

Carpe diem.

Márcio Dadox

16 de abril de 2011

Um dia de sábado

Acorde tarde e volte a dormir, não olhe a hora, deixe o sol clarear mais um pouco. Tente dormir até não ter mais vontade de dormir novamente. Estique o braço, pegue o controle e ligue a TV, passe por todos os canais, volte ao início e faça isso novamente e novamente, quantas vezes quiser. Levante-se, vá ao banheiro e tome um belo banho, daqueles bem demorado, não se preocupe com a torneira aberta para passar xampu e o sabonete, esqueça-se das ordens, deixe que todos os problemas sejam arrastados com a água. Enxugue-se, mas não se vista, fique nu e sinta a sensação de liberdade pelo seu apartamento. Procure algo para comer, algo que você não comeria todos os dias e que teria muita vontade de tê-lo em seu café da manhã, mesmo que o café fosse às 11h e 30 da manhã. Esqueça-se das medidas, coma chocolate e abra uma lata de leite condensado. Entre uma colher e outra prepare o almoço, algo simples e prático como macarrão e aquele frango feito na terça passada. Incremente o frango, coloque champignons, palmito, azeitonas, milho verde, molho shoyo e pimenta, dê uma nova cara para o frango guardado e abandonado dentro da geladeira. Durma mais, não escove os dentes agora e nem se preocupe com a louça suja. Ao levantar, ajeite-se, procure uma nova música, um novo artista, convide um amigo para um café em sua casa, fale besteira e tente se divertir, divida seus problemas, suas angústias e jogue palavras ao vento. Ao anoitecer, coloque um vinho no freezer e admire a lua, depois ligue o ar condicionado no mínimo, 16 °C está ótimo, tome um banho rápido, acenda um incenso, ligue a TV com um DVD de algum show espetacular no mudo e coloque mais uma vez a música nova que acaricia seus ouvidos. Abra o vinho, coloque naquela taça guardada no fundo do armário e receba seu convidado... O convidado será você. Você merece ter uma noite de sábado acompanhado de si mesmo. Afinal, estará bem acompanhado e nada melhor do que você mesmo para saber como foi o seu dia. 

Carpe diem

Márcio Bezerra

24 de março de 2011

Ninguém vai entender...


Ninguém vai entender ou compreender o que eu sinto, muitos dizem que foi uma escolha que eu fiz, mas como dizer se foi uma escolha quando é apresentado apenas um caminho para segui-lo. Não, eu não poderia ser vendedor em shopping, cantor, ator, bombeiro ou policial. Eu não poderia. Eu brigaria com os clientes, eu tenho o dom de desafinar sempre, não consigo fingir, muitas vezes nem ser eu mesmo, tenho medo de altura e de fogo, já fui assaltado milhares de vezes... Poderia ser engenheiro, mas depois do título, resolvi que queria ser apenas professor.

Estou passando muito tempo sem escrever porque não quero compartilhar a minha tristeza, que se torna cada vez mais profunda, já não tenho vontade de sair do quarto para realizar ações que me faziam sentir vivo, como comer ou ir trabalhar.

Ninguém vai entender o quanto é importante fazer atividade física em minha vida, e que não é vício, nem para me sentir forte ou pela autoestima, realmente ajuda, mas não é para isso. Ao praticar me torno uma pessoa menos ranzinza, menos amarga e menos doente, afinal carrego duas úlceras cicatrizadas.

Ninguém vai entender o quanto eu fico triste por estar longe da minha família e que para mim ela é o que ainda me faz respirar. Ninguém vai entender que datas comemorativas junto dela são até mais importante que meu aniversário.

Ninguém vai entender o quanto eu sonho com o meu doutorado, que ele não se faz sentado lendo livros ou lendo artigos, ler e pesquisar são apenas uma parte. Ninguém vai entender, e, às vezes, nem eu entendo o porquê de ter escolhido algo que seria difícil.

Ninguém vai entender a minha ansiedade, que eu odeio esperar, que não gosto de ser subaproveitado... Sinto-me afundando.

Ninguém vai entender o meu coração, este até eu cansei de tentar entender.

Ninguém vai entender, mas posso concluir que com o passar do tempo a gente passa a não acreditar mais no amor, nem na felicidade eterna, porém elas vão entender que aí morremos em vida...

Carpe diem
Márcio Dadox

15 de março de 2011

Insônia Parte 01

4h e 33 minutos. Não consegui pregar o olho durante esta noite.
As horas passam e eu acordado, coração aflito e mente traidora não me fazem fechar os olhos. O coração é apenas quem sofre com os pensamentos que viajam buscando mais uma vez o porquê de tudo. Parece um filme passando pela milésima vez em plena sessão da tarde, seria tudo igual. Tento me convencer do que estou enganado, tento, mas não consigo. É mais forte e a certeza de que isso já aconteceu antes traz até o cheiro da traição velada com a minha insônia.

 Perco a essência, e de tão seco, as lágrimas escorrem apenas por dentro, preciso voltar ao início rapidamente, não posso deixar que a solidão que agora sinto seja preenchida pelo ódio e sufocada pela agonia, pergunto-me: cadê o amor?  Pergunto-me batendo a cabeça na parede sem consegui resposta. Sou taxado como louco, insano, criador de situações, infantil, dramático e lembro-me de tudo que já tinha lido ou ouvido antes... Seriam todos iguais? Seriam todos destruidores do meu bem estar? Mais cedo ou mais tarde a gente sempre descobre e o pior... Todos são.

Carpe diem

Márcio Dadox

10 de fevereiro de 2011

Confissões: O Hipopótamo Cor de Rosa do Quênia!

Confissões 1º Capítulo: O hipopótamo cor de rosa do Quênia!

Estas confissões não vão seguir ordem cronológica e haverá um pouco de distúrbio mental durante os dramas episódios contados...

Estou cursando o quinto ano de doutorado... Eu sei, doutorado são 4 anos, mas tranquei um para morar em outra cidade, fui aprovado em concurso público e não deu para continuar, mas estou tentando voltar, estou me esforçando ao máximo. Já até acordo cedo em dias da semana em plenas férias para ir até a UFRN enfrentar um hipopótamo cor de rosa todos os dias. Não! Não pense que meu doutorado é espaçoso e cor de rosa, ele é no máximo roxo ou era para ser.

Não tenho nada contra os hipopótamos, acho até eles bonitinhos, sério, veja a foto abaixo, como são meigos... Mas tente trabalhar em um ambiente com um hipopótamo, ele come demais, espirra água, defeca em tudo que é lugar. Para não sentir o cheiro de suas merdas fico o tempo todo de iPod no ouvido em volume máximo (É isso mesmo que você acabou de ler). Mudo de sala constantemente para não ter que cruzar com a falta de espaço e, no meio da fome que às vezes me cerca, corro para outros laboratórios para que meu cérebro não sinta tanta falta de açúcar. Meus neurônios estão prestes a cometer um suicídio coletivo!


A escola de samba na qual estou trabalhando, a Acadêmicos do Morro Abaixo (AMA) localizado no departamento de Engenharia Química, está passando por uma reforma política que até Mubarak já teria pedido clemência a Zeus para que desse um jeito e levasse o hipopótamo que aprendeu a falar e agir como se fosse gente! Ah hipopótamo espaçoso!

E como é espaçoso, toma a atenção dos domadores mais fracos, envolve todos numa fumaça de esterco exalado pela boca em todo momento que fala. Pobre mentalmente, o hipopótamo tenta ganhar aos berros o seu local para trabalhar e seus gritos ultrapassam a barreira do som. 

Sem cérebro, ele tenta derrubar todos que estão em e na sua frente, agindo com o que há de mais medíocre, talvez essa mediocridade esteja nas entranhas de suas “dobrinhas”, má fé e incompetência soltas através de uma língua que corre feito um chicote, iludindo até os domadores mais experientes. 

Como não tem nenhuma beleza, sonha em se fantasiar de miss de qualquer coisa (Miss socorre, Miss segura, Miss sacaneia). Quem sabe o hipopótamo consiga até ser rainha de bateria da AMA ao lado do elefante ou de um rinoceronte!

Amanhã será um dia que vou engolir mais alguns sapos gordos, já estou cultivando a minha vaga no céu, trabalhando a minha “sapiência” ou “hipopiência” se é que me entendem!

Carpe diem
Que Deus me ajude nesta batalha de 2011

Márcio Dadox

PS: Coloquei do Quênia porque lá os hipopótamos são raros, já na UFRN...

17 de janeiro de 2011

30 ou mais...

Se fazer 30 anos é difícil, imaginem passar deles.

Ontem acordei estranho, me sentindo cansado e gordo, afinal cheguei aos 80Kg e dessa vez não sou apenas massa magra. Minha mãe, sempre super carinhosa e além de tudo megamente sincera, diz que eu não estou só gordo, estou velho também! Foi aí que a ficha caiu. Olhando para o espelho ao acordar, reparo alguns cabelos brancos e saio arrancando um a um, minha irmã passa e solta uma frase venenosa e por que também não dizer maquiavélica? Se você tiver que arrancar todos os cabelos brancos tenha cuidado para não ficar careca! Desesperado, ligo para um amigo distante e que também já está na faixa dos 30, pergunto se ele já tem cabelos brancos e corroborando com a minha irmã, ele resmunga: queria eu ter pelo menos cabelo... Triste fim!

Resolvo assistir a um seriado antigo, gravado há vários anos e no episódio que parei, o ator principal vai fazer 30 anos e todos os amigos vão até a casa dele para preparar uma surpresa e ele sai logo com a pergunta  “Quem morreu?!” Os amigos, bem- humorados dizem, ninguém, talvez você que acaba de fazer 30 anos... Nesta hora meus olhos enchem de rugas, quer dizer, lágrimas... Desisto do seriado.

No banheiro, reparo que os cremes ganham cada vez mais espaços e acho que não estão dando muito certo, afinal se dessem certos, pelos anos que passo, acho que as pontas dos meus dedos não teriam mais impressões digitais.

Mas o pior não é fazer 30 anos, é sair dele, é pensar que daqui a pouco estarei chegando aos 40, todos apontando para você solteiro, sem filhos... Tadinho... Coitado... Se F*&¨%$#$! E agora, onde passo sou “o tio” da galera! Legal né?! Não mesmo! Vai por mim!

Assim como as prateleiras do banheiro ganharam os cremes, outro espaço deve ser criado após os 30. Para quê? Adivinha! Já explico, em cima da geladeira coloquei uma cestinha linda, de vime, vários remédios habitam aquela cestinha e que todos os dias (quando eu lembro) tomo alguns e não são poucos, tem o da pressão, da triglicérie e acho que deveria tomar algum suplemento vitamínico e outro pra memória, pois ando bem esquecido das coisas (como a senha para atualizar o blog por exemplo) e tá batendo o cansaço. Sabe aquele ditado, lugar de velho é fundo de rede? Pois é, agora adoro dormir! Ah! E ainda tenho que seguir as ordens médicas: exercícios todos os dias e cuidado com a alimentação viu tio?


Quando eu olhei a data do meu aniversário neste ano de 2011 não tinha data melhor para comemorar a passagem dos meus 30 a caminho dos 40, será uma quarta-feira de cinzas, nada mais propício não é?!

Carpe diem

Márcio Bezerra