Confissões 1º Capítulo: O hipopótamo cor de rosa do Quênia!
Estas confissões não vão seguir ordem cronológica e haverá um pouco de distúrbio mental durante os dramas episódios contados...
Estou cursando o quinto ano de doutorado... Eu sei, doutorado são 4 anos, mas tranquei um para morar em outra cidade, fui aprovado em concurso público e não deu para continuar, mas estou tentando voltar, estou me esforçando ao máximo. Já até acordo cedo em dias da semana em plenas férias para ir até a UFRN enfrentar um hipopótamo cor de rosa todos os dias. Não! Não pense que meu doutorado é espaçoso e cor de rosa, ele é no máximo roxo ou era para ser.
Não tenho nada contra os hipopótamos, acho até eles bonitinhos, sério, veja a foto abaixo, como são meigos... Mas tente trabalhar em um ambiente com um hipopótamo, ele come demais, espirra água, defeca em tudo que é lugar. Para não sentir o cheiro de suas merdas fico o tempo todo de iPod no ouvido em volume máximo (É isso mesmo que você acabou de ler). Mudo de sala constantemente para não ter que cruzar com a falta de espaço e, no meio da fome que às vezes me cerca, corro para outros laboratórios para que meu cérebro não sinta tanta falta de açúcar. Meus neurônios estão prestes a cometer um suicídio coletivo!
A escola de samba na qual estou trabalhando, a Acadêmicos do Morro Abaixo (AMA) localizado no departamento de Engenharia Química, está passando por uma reforma política que até Mubarak já teria pedido clemência a Zeus para que desse um jeito e levasse o hipopótamo que aprendeu a falar e agir como se fosse gente! Ah hipopótamo espaçoso!
E como é espaçoso, toma a atenção dos domadores mais fracos, envolve todos numa fumaça de esterco exalado pela boca em todo momento que fala. Pobre mentalmente, o hipopótamo tenta ganhar aos berros o seu local para trabalhar e seus gritos ultrapassam a barreira do som.
Sem cérebro, ele tenta derrubar todos que estão em e na sua frente, agindo com o que há de mais medíocre, talvez essa mediocridade esteja nas entranhas de suas “dobrinhas”, má fé e incompetência soltas através de uma língua que corre feito um chicote, iludindo até os domadores mais experientes.
Como não tem nenhuma beleza, sonha em se fantasiar de miss de qualquer coisa (Miss socorre, Miss segura, Miss sacaneia). Quem sabe o hipopótamo consiga até ser rainha de bateria da AMA ao lado do elefante ou de um rinoceronte!
Amanhã será um dia que vou engolir mais alguns sapos gordos, já estou cultivando a minha vaga no céu, trabalhando a minha “sapiência” ou “hipopiência” se é que me entendem!
Carpe diem
Que Deus me ajude nesta batalha de 2011
Márcio Dadox
PS: Coloquei do Quênia porque lá os hipopótamos são raros, já na UFRN...