Acabou! Foi o
que eu pensei quando deitei há um mês após ter defendido a tese. Após 6 horas e 40 minutos entre defesa e discussão, acabou! Não comemorei
da forma que eu queria, a exaustão e o alívio só diziam “vai para casa, vai
recuperar o sono perdido”. Assim o fiz, dormi como tivesse tirado um peso de uma
bigorna de 50 Kg (seria mais?) das costas. Não é exagero, pode ter certeza! Algo que já me
tirava o sono há meses, não só pelos experimentos realizados durante
noites e noites consecutivas e sim pelas noites em claro que eu ficava rolando
de um lado para outro deitado na cama pensando se eu iria ser expulso por ter
extrapolado o tempo, se eu seria ser expulso por estar longe do Câmpus (UFRN) e estar trabalhando
a 420 Km de distância e se... Se... Tantos “ses” que eu adoeci, mas ao final de
tudo deu certo. Aprovado e agora sou doutor e isso não mudou em absolutamente
nada em minha vida! Continuo sendo o mesmo chato de antes e ganhando a mesma
coisa de antes!
Doutor
e por enquanto sem título (o certificado, aquilo que vai me fazer mudar de
nível no trabalho só irá ser dado após eu passar por mais alguns crivos). Estou
ainda trabalhando nas correções da tese e entre tantas “sugestões” que tenho
que acatar, acho que a tese não é mais minha, não tem a minha cara, não tem o meu toque. Se foi escrita por mim, já mudei
tanto o texto de acordo com a “banca” que não me vejo mais nela! Ela é composta
hoje de mais ideias, análises e ponto de vista dos outros do que minha... Mas
tudo bem. Hoje eu reclamo, mas já está acabando, que assim seja... Penso nisso todos os dias,
há um mês!
O
casamento com a biotecnologia está dando sinais de desgastes, afinal foram 12
anos de dedicação, amor e aprendizado, mas preciso de um tempo. De um descanso!
Já pensei em até voltar ao petróleo, deve ser mais fácil... Não, não, melhor parar com
isso e me dedicar mais aos meus alunos, na verdade eles que me deram muita
força para acabar essa longa etapa de 4 anos que eu tinha como sonho em minha
vida. Um sonho que demorou tanto que ao final eu queria a qualquer custo
acordar para não se tornar pesadelo e olha que estive bem perto dessa mudança em algumas das lágrimas (muitas) que foram derramadas.
Bom,
espero que até o fim desse mês eu entregue as versões finais a secretaria e
possa ao fim de tudo gozar do título e de tudo que ele possa me oferecer. Não
foi fácil, mas quem disse que seria? Enfim, brindemos!
Carpe diem
Prof. DR. Márcio Dadox
Convido você a abrir e tomar essa champanhe comigo!