A noite cai, nada esfria a não ser as lágrimas que em mim descem. Ouço música triste, música que me trazem saudades de antes. Queria dizer que estou feliz, mas não estou, parece que vivo uma personagem que não vê a hora desta novela acabar para que possa realmente ganhar o papel principal. O papel principal da minha vida!
O dia passa, nenhuma ligação, nenhum e-mail a não ser trabalho. Vivo o vazio da cama, o vento assobiando na janela, o barulho dos morcegos dançando pela noite.
Enfio-me na internet por horas, trabalho ao mesmo tempo que não sinto vontade de fazer absolutamente nada. Estou sem amigos, sem família... Acompanhado apenas da saudade. Não há ninguém para conversar, para ficar comigo um tempo, que me ouça, que fale, que cante... Como eu queria estar com meus pais, com a minha família, como eu queria estar em paz.
A vida passa lá fora e eu aqui esperando que chegue a segunda para que eu possa voltar a trabalhar. Um trabalho que já não me faz tão feliz. Não consigo explicar o que quero, mas consigo saber o que não quero, e da forma que está acontecendo, é a forma que eu não quero. Outros não veem a minha aflição, não percebem que há algo errado. Preciso de férias, de ir para longe, preciso rever minha rotina, preciso rever meus conceitos de felicidade.
Hoje é só mais um dia triste, mas é só apenas um dia triste...
Carpe diem
Márcio Dadox
Que se volte a luz!
Desatinos, Descompassos e Devaneios
6 de novembro de 2010
1 de novembro de 2010
Recomeçar
Sempre é tempo de recomeçar. Foi assim que me vi quando cobrado pelos meus amigos. Engraçado em como todos notaram a diferença de postura nestes dois últimos dias. Uns perguntaram se eu tinha tomado um lecksotan, outros me perguntaram se eu tinha desistido. Nenhum nem outro. Apenas parei um tempo para refletir e fiz de uma forma grandiosa.
Estava no RJ na semana passada para defender um projeto, um sonho que eu tinha desde alto dos meus 15 anos e que agora poderia ser realidade, conseguir notoriedade fazendo o bem, contribuindo de alguma forma; Deus me deu a chance quando fui aprovado no concurso para professor, já contei isso antes, agora era esperar em como isso iria acontecer!
Projeto aprovado, mil coisas a serem construídas, mas o passo mais difícil foi dado. Fui para cidade maravilhosa (não pra mim, a minha cidade maravilhosa é Natal e confesso que já tenho uma queda por Pau dos Ferros), esperei um reconhecimento que não veio, ao contrário, me trouxe angústia, raiva e cheguei a sentir ódio. E como então resolver tudo isso? Como resolver todos estes sentimentos que nunca fizeram parte de mim? Chorei, chorei feito um menino por um sentimento que não faz parte de mim...
Pode parecer vaidade, egoísmo, drama e tudo mais que possam pensar. Nunca fui muito ligado ao dinheiro, mas ele é bom, só não faço dele um propósito de vida. Ninguém sabe o que eu já vivi neste ano de 2010 e quanto o quero esquecê-lo, entre alguns exemplos, posso citar que me afastei dos amigos, da minha família, da minha vida, da minha alma em busca de algo desconhecido, saí do meu repouso absoluto, do meu estado de latência, parei de cuidar da minha saúde onde sempre foi tão delicada. Vivi mais a serviço dos outros do que de mim mesmo, fiz para saber qual era o meu limite e confesso que por um momento eu pensei em desistir. Meu limite esgotou antes de dizer que acabou, só que ainda restava algum espécie de força, um mínimo de sopro vital.
Perdi o meu equilíbrio neste ano, perdi minha qualidade de vida. Muitos associam qualidade de vida a quanto você ganha, ao dinheiro, a sua estabilidade financeira. Todavia, associo qualidade de vida a paz que eu posso obtê-la em coisas tão simples, mesmo eu sendo em sonhos um megalomaníaco.
Quinta-feira, às 22h e alguns minutos, subo a cobertura do hotel no centro do RJ, alguns transeuntes circulam falando alto e admirando a paisagem de concreto no centro da cidade. Em uma noite fria vejo aquela estrutura imponente, o Cristo Redentor, de braços abertos. Paro, peço a Deus que me ilumine, faço uma oração e rezo um Pai nosso. Desço com minha alma ferida e adormeço.
Acordo pensando em Deus, telefone toca, nego em ir passear pela cidade. Não estava e não queria atrapalhar o passeio dos meus colegas. Lembro que na tarde do dia anterior minha saúde estava abalada, assim como o meu psicológico. Não foi um dia bom para mim!
As lojas agora mostram que o fim de ano chegou, ainda faltam dois meses completos para 2011. A minha ansiedade junto ao meu medo pela quantidade de trabalho que está por vir toma conta de mim. Não sei como será a minha vida no ano que está por vir. Mas vou buscar a minha alma, os meus amigos e minha família de volta e sinto muito se desapontarei em meu trabalho, mas preciso de um tempo!
Carpe diem.
Márcio Dadox
Estava no RJ na semana passada para defender um projeto, um sonho que eu tinha desde alto dos meus 15 anos e que agora poderia ser realidade, conseguir notoriedade fazendo o bem, contribuindo de alguma forma; Deus me deu a chance quando fui aprovado no concurso para professor, já contei isso antes, agora era esperar em como isso iria acontecer!
Projeto aprovado, mil coisas a serem construídas, mas o passo mais difícil foi dado. Fui para cidade maravilhosa (não pra mim, a minha cidade maravilhosa é Natal e confesso que já tenho uma queda por Pau dos Ferros), esperei um reconhecimento que não veio, ao contrário, me trouxe angústia, raiva e cheguei a sentir ódio. E como então resolver tudo isso? Como resolver todos estes sentimentos que nunca fizeram parte de mim? Chorei, chorei feito um menino por um sentimento que não faz parte de mim...
Pode parecer vaidade, egoísmo, drama e tudo mais que possam pensar. Nunca fui muito ligado ao dinheiro, mas ele é bom, só não faço dele um propósito de vida. Ninguém sabe o que eu já vivi neste ano de 2010 e quanto o quero esquecê-lo, entre alguns exemplos, posso citar que me afastei dos amigos, da minha família, da minha vida, da minha alma em busca de algo desconhecido, saí do meu repouso absoluto, do meu estado de latência, parei de cuidar da minha saúde onde sempre foi tão delicada. Vivi mais a serviço dos outros do que de mim mesmo, fiz para saber qual era o meu limite e confesso que por um momento eu pensei em desistir. Meu limite esgotou antes de dizer que acabou, só que ainda restava algum espécie de força, um mínimo de sopro vital.
Perdi o meu equilíbrio neste ano, perdi minha qualidade de vida. Muitos associam qualidade de vida a quanto você ganha, ao dinheiro, a sua estabilidade financeira. Todavia, associo qualidade de vida a paz que eu posso obtê-la em coisas tão simples, mesmo eu sendo em sonhos um megalomaníaco.
Quinta-feira, às 22h e alguns minutos, subo a cobertura do hotel no centro do RJ, alguns transeuntes circulam falando alto e admirando a paisagem de concreto no centro da cidade. Em uma noite fria vejo aquela estrutura imponente, o Cristo Redentor, de braços abertos. Paro, peço a Deus que me ilumine, faço uma oração e rezo um Pai nosso. Desço com minha alma ferida e adormeço.
Acordo pensando em Deus, telefone toca, nego em ir passear pela cidade. Não estava e não queria atrapalhar o passeio dos meus colegas. Lembro que na tarde do dia anterior minha saúde estava abalada, assim como o meu psicológico. Não foi um dia bom para mim!
As lojas agora mostram que o fim de ano chegou, ainda faltam dois meses completos para 2011. A minha ansiedade junto ao meu medo pela quantidade de trabalho que está por vir toma conta de mim. Não sei como será a minha vida no ano que está por vir. Mas vou buscar a minha alma, os meus amigos e minha família de volta e sinto muito se desapontarei em meu trabalho, mas preciso de um tempo!
Carpe diem.
Márcio Dadox
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