Que se volte a luz!

Desatinos, Descompassos e Devaneios

27 de dezembro de 2012

F-É-R-I-A-S


Enfim, Férias!
Férias, F-É-R-I-A-S, assim mesmo, bem clichê, -Ri-As, com fé, com risos e com um Às de pau de tanto jogar paciência. Essa que eu já tive bem mais em 2012 do que em 2011, deve ser o preço que se paga quando se envelhece. Voltando ao substantivo "férias", nunca as desejei tanto, viajar, curtir, ler, dormir e o mais legal de todos, não fazer absolutamente nada. Serão apenas 16 dias, incluindo nesses dias o Natal e o Ano Novo. Poderiam incluir aí o tempo que passamos no shopping comprando os presentes, reuniões em família e os planejamentos para o ano que vai chegar.
Pode parecer mentira, mas não sei o que são férias desde 1999 (isso mesmo, 1-9-9-9) e em 2012, quase 2013, é que posso abrir a boca e dizer para quem pergunta: como é que você vai? Ah! Eu vou de férias!
Estou na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro? Não, não, realmente a cidade maravilhosa do Rio Grande do Norte, Natal/RN, cidade do sol, noiva do sol, muito sol, lixo espalhado por toda cidade (aos montes, montanhas de lixo), uma cidade sem prefeito, mal governado e de bares lotados, com viaduto interditado, com a orla toda destruída e por incrível que possa parecer, será uma cidade da copa 2014. Coitada da linda cidade, vive um completo caos, não há educação, saúde ou segurança entre tantos outros. Mas a cidade ainda é bela por suas belezas naturais, Deus tem sido generoso!
Voltando a palavra férias, hoje é o meu quarto dia de férias, 25/12, não fiz nada (além de dormir e ir ao shopping) e não foi por decisão minha, depois que fui morar em outro lugar, não tenho os amigos de antes e muitos agora vivem em um binômio baladas-drogas e como eu resolvi escolher outro caminho, o da vida saudável, sou chamado de velho, isso mesmo, V-E-L-H-O. Melhor assim, e além do mais, os meus cabelos brancos aos altos dos meus 33 anos, me entregam facilmente, estranhamente começo a gostar deles!
A cidade está fechada, foi difícil conseguir almoçar no feriado de hoje, não há possibilidade de tomar um simples açaí, nem uma sopa (ainda não contei aqui que ao contrário de Mafalda, eu sou louco por sopa, sopa de todos os tipos, sem exceção). Começo a criar raízes de tanto ficar em casa, elas já estão alcançando o núcleo da Terra. Se isso continuar até o fim das férias, acho que Deus estava certo em me privar dessa coisa chata chamada férias!


 Carpe diem,

Márcio Bezerra

10 de dezembro de 2012

Devagar, mas caminhando...



Há quanto tempo não passo por aqui, mas hoje resolvi voltar a escrever. Confesso que as mudanças radicais pelas quais passei não foram fáceis; defendi minha tese, mudei de cidade, terminei um relacionamento, comecei outro e durante toda essa transição perdi um amigo um dia antes da minha defesa! Alguém que fui próximo, fiquei distante, depois voltamos a ficar próximos e por fim distantes até que a morte o levou e as boas lembranças ficaram em meu coração e em minha mente, como a lembrança do último almoço que passamos juntos e de um livro que comprei para esperá-lo chegar na loja na qual ele trabalhava!
Ainda, após essas mudanças, mudei de apartamento duas vezes na atual cidade, mudei as matérias que lecionava, não por completo, mas uma boa parte, mudei de academia de ginástica por duas vezes em uma cidade que tem no máximo dez. Bebi menos e me embriaguei apenas uma única vez, e para fechar ou reiniciar o novo ciclo, embriaguei-me por uma bebida que eu disse que nunca mais beberia. Não sei se devo culpar Baco ou Dionísio, realmente não sei, mas confesso que dessa vez eu adorei, mesmo sendo menos do que uma garrafa de vinho! Carlota Joaquina ou Rapariga de Quinta! Eu te amo!
Durante esse período, não sei ao certo, mas acho que a minha paciência desapareceu por completo, não que agora eu discuta ou parta para a briga, apenas cheguei ao ponto de sair assobiando e deixar as pessoas falando sozinho ou até já prefiro que o meu salário seja reduzido a ouvir certas asneiras (ou seria heresia?), acho que isso deve estar relacionado à intolerância. É, creio que não deve ser falta de paciência, deve ser intolerância! Confesso que não sei o que é pior, mas enfim, estou bem melhor assim e está me fazendo feliz!
Mudei a forma de agir para algumas coisas, penso mais em mim, seria eu mais um egoísta? Não, continuo fazendo meu trabalho social, até aumentei um pouco a minha participação nessas atividades, mas prefiro não dizer como porque fugirá daquilo que acredito e prefiro permanecer no anonimato.
Meu melhor acontecimento: voltei a ler! Ainda estou lento com os livros que adquiri recentemente, mas o passo já foi dado! Voltei a ouvir música quase todos os dias, estou descobrindo cantores ótimos e o melhor de tudo, são nacionais! Na academia, voltei a malhar com mais afinco e além de tudo isso, voltei a dormir bem! Sabe o que é dormir à meia-noite e acordar às 5h30min em um sono quase ininterrupto? Eu agora consigo! Eu que vivo a me esconder por trás de duas malas lacrimais roxas por dormir apenas 2 ou 3 horas por noite, agora estou dormindo de 5 a 6 horas e acordando no máximo uma única vez!
Estou me alimentando bem melhor, estou morando melhor, não preciso nem de ar condicionado e nem de ventilador, é quase um milagre na estado em que eu habito!
Estou mais próximo da minha família, não tanto quanto eu gostaria, mas já consigo vê-los (meus pais) uma ou duas vezes por mês e eles passaram a me visitar, pois a cidade é bem mais próxima da cidade deles! Falta agora conseguir achar uma forma de ajudá-los um pouco mais. Eles que são a razão da minha vida!
Por fim, posso dizer que 2012 foi um ano de recomeço, aquele recomeço que já tinha tentado várias vezes e que agora de fato consegui. Saudade ainda é uma parte de mim das pessoas que eu conheci e que levarei comigo para onde eu for. Enfim, feliz! 
Márcio Dadox
Carpe diem

11 de julho de 2012

Enfim, Doutor!



Acabou! Foi o que eu pensei quando deitei há um mês após ter defendido a tese. Após 6 horas e 40 minutos entre defesa e discussão, acabou! Não comemorei da forma que eu queria, a exaustão e o alívio só diziam “vai para casa, vai recuperar o sono perdido”. Assim o fiz, dormi como tivesse tirado um peso de uma bigorna de 50 Kg (seria mais?) das costas. Não é exagero, pode ter certeza! Algo que já me tirava o sono há meses, não só pelos experimentos realizados durante noites e noites consecutivas e sim pelas noites em claro que eu ficava rolando de um lado para outro deitado na cama pensando se eu iria ser expulso por ter extrapolado o tempo, se eu seria ser expulso por estar longe do Câmpus (UFRN) e estar trabalhando a 420 Km de distância e se... Se... Tantos “ses” que eu adoeci, mas ao final de tudo deu certo. Aprovado e agora sou doutor e isso não mudou em absolutamente nada em minha vida! Continuo sendo o mesmo chato de antes e ganhando a mesma coisa de antes!

                Doutor e por enquanto sem título (o certificado, aquilo que vai me fazer mudar de nível no trabalho só irá ser dado após eu passar por mais alguns crivos). Estou ainda trabalhando nas correções da tese e entre tantas “sugestões” que tenho que acatar, acho que a tese não é mais minha, não tem a minha cara, não tem o meu toque. Se foi escrita por mim, já mudei tanto o texto de acordo com a “banca” que não me vejo mais nela! Ela é composta hoje de mais ideias, análises e ponto de vista dos outros do que minha... Mas tudo bem. Hoje eu reclamo, mas já está acabando, que assim seja... Penso nisso todos os dias, há um mês!

                O casamento com a biotecnologia está dando sinais de desgastes, afinal foram 12 anos de dedicação, amor e aprendizado, mas preciso de um tempo. De um descanso! Já pensei em até voltar ao petróleo, deve ser mais fácil... Não, não, melhor parar com isso e me dedicar mais aos meus alunos, na verdade eles que me deram muita força para acabar essa longa etapa de 4 anos que eu tinha como sonho em minha vida. Um sonho que demorou tanto que ao final eu queria a qualquer custo acordar para não se tornar pesadelo e olha que estive bem perto dessa mudança em algumas das lágrimas (muitas) que foram derramadas.

                Bom, espero que até o fim desse mês eu entregue as versões finais a secretaria e possa ao fim de tudo gozar do título e de tudo que ele possa me oferecer. Não foi fácil, mas quem disse que seria? Enfim, brindemos!


Carpe diem


Prof. DR. Márcio Dadox

Convido você a abrir e tomar essa champanhe comigo!


16 de junho de 2012

Novo Início...

Acabou-se um ciclo, dois anos e alguns meses de aprendizagem, de vitórias, conquistas e algumas derrotas. Agora estou em uma nova cidade, em novos ares, com novos colegas de trabalho e, velhos amigos que estavam longe agora estão mais perto.Estou tentando amar novamente. Difícil? Muito, mas não canso de tentar! Não serão as dores e mágoas do passado que me tornarão uma pessoa fria (já disse isso algumas vezes). Sensatez e talvez mais centrado. Que isso não seja um problema, é só uma questão de tempo.

Sobre os sonhos que trazia na mala, eles não foram esquecidos, apenas guardados para esse novo recomeço. Não deu para ser em 2011 e ainda não tinham aparecidos em 2012. Mas como ainda estamos em 2012, quem sabe não os realizo em 2012.2? Será mais um recomeço e dessa vez cheios de cabelos brancos (muitos). A saudade ainda aperta um pouco. A saudade de um passado não tão distante. Engraçado como nos acostumamos com a dor. Engraçado como escrevi com tantos pontos agora. Não, isso não é engraçado. 

Liberdade? Não. O coração ainda ferido guarda boas lembranças e também algumas mágoas. As mágoas estão sendo esquecidas, aos poucos, a distância ajuda e uma boa companhia também. 

Prudência, espaço, tempo são as palavras que estão agora me acompanhando. Será a idade? Talvez, quem sabe...

Por fim, para acabar o ciclo, o doutorado. Finalizado e Aprovado. FIM. 

Carpe diem

Márcio



22 de maio de 2012

Agradecimentos - Minha Tese está pronta!

Agradeço de coração a todos que contribuíram para a minha tese. Agora é aguardar a defesa...



AGRADECIMENTOS
“Cada sonho que você deixa para trás é um pedaço do seu futuro que deixa de existir”
(Steve Jobs)
            Inicio agradecendo a Deus. Ele esteve sempre ao meu lado durante esta caminhada, muitas vezes o caminho tornou-se tortuoso e pensei em desistir. Porém, Ele me deu duas características que estão inseridas em minha alma: persistência e determinação! Contudo, não teria chegado até aqui sem a ajuda de alguns anjos que Ele me enviou, a saber:
            Agradeço aos meus pais, José Breno Cruz Bezerra e Telma Maria Silva Bezerra, que mesmo distantes, estiveram sempre comigo, ensinando-me, apoiando-me, amando-me incondicionalmente e acreditando em meu potencial. Eu amo vocês!
            Obrigado a todos os meus familiares e aos meus amigos, em particular aos meus irmãos e meus sobrinhos que entenderam (às vezes nem tanto) a minha ausência em muitas (quase todas) datas comemorativas.
            Meu muitíssimo obrigado ao meu orientador e Professor Doutor Everaldo S. dos Santos. Obrigado por acreditar em mim e aceitar-me como orientando, incentivar-me, apoiar-me sempre que precisei. Ainda no âmbito acadêmico, devo agradecer a Professora Doutora Gorete Ribeiro de Macedo, um exemplo que sempre levarei comigo, como pessoa e como profissional. Agradeço a Professora Doutora Roberta Targino Pinto Correia pelas sugestões pertinentes durante a construção final desse trabalho, .
            Não haveria como descrever a imensa ajuda que tive dos meus bolsistas Vinícius Carlos D. Holanda e Luís Henrique D. Mendes, inexperientes em pesquisa, mas que se dedicaram para a realização dessa tese. Em especial a minha ex-aluna, agora técnica em alimentos, Jéssica Andrade de Amorim, obrigado pela dedicação, carinho e por ter tomado muito dos ensaios como se fossem seus, ajudando-me nos finais de semana, feriados, dias, noites e madrugadas.
            Agradeço também aos amigos Engenheiros Químicos, Ana Carmen, Ana Katerine, Andrea Farias, Anita Lima, Priscila Vanini, Roberta Chaves, Sirtys Lessa, Magna Angélica e ao Biólogo Daniel Souza, que sempre me ouviram, me auxiliaram e me cederam à mão amiga nos dias em que a luz não brilhava tanto.
            Agradeço a todos que fazem parte da família do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte/Câmpus Pau dos Ferros, em especial as diretoras Antônia Francimar da Silva e Amélia Silva e Reis. Sem a ajuda dessas duas amigas e excelentes profissionais não haveria como realizar meus experimentos no IFRN. Obrigado pela confiança e apoio! Estendo-me esse agradecimento ao Reitor do IFRN, Belchior de Oliveira Rocha pelo apoio financeiro para a pesquisa realizada nesse Câmpus.
        Obrigado a todos os meus alunos do IFRN/Câmpus Pau dos Ferros. Vocês são muito especiais. Obrigado pelo carinho e pelas palavras que eu ouvi durante todos esses anos!
            Não poderia esquecer a secretária do departamento do PPGEQ, Eusamar Coelho de Lima, a Mazinha, pela paciência e pela imensa ajuda na parte burocrática do processo.
Por fim, agradeço ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química e a todos os professores do departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos da UFRN que lutam por uma educação digna e ensino de qualidades. Muito obrigado!

Divido com todos vocês mais uma etapa de minha vida.
Deus abençoe a todos!


Carpe diem

3 de abril de 2012

Abril que começou em março...


A última noite

Acordou no meio da noite sozinho, sentou na beira da cama, tateou sobre o móvel, acendeu um cigarro, olhou para as caixas em meio a luz da labareda acesa no canto da boca, era a última noite que passava ali naquele apartamento. Uma dor forte bateu no peito, levantou-se e foi até a janela jogar a primeira fumaça. Olhou pela janela e sentiu saudades daquelas tardes em que ficava vendo o tempo passar, ali mesmo, esperando chegar o que às vezes não vinha e que o coração batia forte quando o inesperado tão esperado, às vezes, quase combinado, aparecia. Apagou a chama.
Com a luz fraca da lua, olhou para a mesa do quarto e voltou aos diversos almoços ocorridos e corridos que ali tivera. Domingos, as horas de risos que quase sempre sozinho e que às vezes acompanhado preencheram aquele dia quente e insosso. Quem diria, estaria saindo daquela cidade, mais uma mudança rumo ao desconhecido, seria a segunda? A terceira? Quantas mais ainda haveria? O que lhe aguardava? Pensava confuso, quase transtornado entre as tarefas do dia que ainda não chegara e ao mesmo já estava batendo junto com a ansiedade e esta já alternava entre euforia e a vontade de voltar o tempo, uma vontade de pedir para ficar um pouco mais naquele passado.

Acendeu a luz do quarto e foi em direção à cozinha, pegou um copo, abriu a geladeira e parado por alguns segundos esqueceu o que estava fazendo ali. Quantas vezes pediu para que enchesse aquelas garrafas? Quantas vezes elas estavam vazias? Escorou sobre a pia e baixando a cabeça lembrou-se de tudo que vivera até ali, viajou em 3 ou foram 5minutos? Lágrimas.

Voltando cambaleando ao quarto, tonto por um choro contido, sentou à beira da cama. Olhou para tudo mais uma vez com a visão embaçada, lembrando-se de cada detalhe, caixas fechadas e a agora sentindo a esperança de deixar um passado para trás. O coração cada vez mais acelerado. Levantou-se, apagou a luz e jogou-se na cama para tentar dormir o sono de poder recomeçar e tentar ser feliz mais uma vez, dessa vez não mais ali e sim, em outro lugar.

Carpe diem
Márcio Dadox

21 de fevereiro de 2012

Amar, quem não erra


Amar, amor, quem não erra?

Um passo dado, uma queda.

Se não é, se não era,

Por que aparecera?

A dor, sem cor,

A flor, sem pétalas,

O espinho, ávido, fere, espeta,

Mas, amar, quem não erra?

Quem dera, não saber, não ver

Quem dera não amar

Não sofrer, não chorar, não sentir

E, ao fim de tudo, não viver.


Carpe diem,
Márcio Dadox

13 de fevereiro de 2012

Pena


É Preciso pensar no que vale à pena
É preciso pensar se vale à pena
É preciso pensar sem ter pena
É Preciso não ter pena
Pena
Para onde escorrem as lágrimas?
Descem cortando o rosto
Explodindo nos olhos
Lavando a alma
Uma pena
Pena de mim, Pena de ti, Pena de nós
Seria dor, rancor, ciúme, orgulho?
Seria mágoa, raiva, ódio?
Seria amor?
Seria nada?
Pena.


Carpe diem
Márcio Dadox

4 de janeiro de 2012

Otimismo para uma dor



Otimismo para uma dor

Otimismo que se renova,
Mesmo na dor, ainda que assola,
No medo que apavora, e segue, do ano anterior.

A esperança nasce, brilha, renasce,
Que não se apague, serão tantos dias...

E o tempo,
Apenas enxugue,
A lágrima que rola
No coração que sangra, escorre e sofre
de quem ainda ama e chora.

Feliz 2012.

Carpe diem
Márcio dadox