Sonhei, fiz planos, tracei metas, trabalhei em cima de cada ponto nestes últimos dois meses. Nada deu certo. Tentei desistir, não consegui e com o sopro de fios de coragem balbuciadas entre os dentes, acalentou-me a alma e apesar de todos os percalços em mim despejados, segui, de joelho, mas segui.
Mas Deus sempre dá a cruz com o peso em que possamos carregar, mas e agora que estou 10 quilos mais magro e sem força, como carregar esta cruz?
Mas Deus sempre dá a cruz com o peso em que possamos carregar, mas e agora que estou 10 quilos mais magro e sem força, como carregar esta cruz?
Perfeccionista, insistem em ter que improvisar, infeliz e cruel este meu tempo.
Sempre líder, não tenho nenhuma equipe para liderar, não consigo tomar conta de mim mesmo. Sucessivamente confiante, caio e não consigo me levantar ou olhar os meus próprios pés, estou de joelho. Sorriso? Dá lugar a preocupações de uma tristeza agora imaculada por algo que sei que existe, mas não sei o que realmente é.
Tempo, antes amigo, depois irmão, esfaqueia-me pelas costas sem pena ou pudor, torna-se agora meu inimigo, corre de mim, não me deixar dormir, não me deixa escrever, não me faz voltar para casa, não me deixa cuidar de mim mesmo. Estou sempre correndo atrás dele...Por favor, pare! Estou cansado, mas não quero descer, não quero partir! Não! Agora Não!
8 meses e 11 dias sem crises, sem gripe, apenas um problema de visão no mês de dezembro. Nada comparado ao medo que sinto agora, medo que me traz de volta a angústia e a insônia, sem saber quanto tempo Deus reserva para mim. Pressão sobe, febre à tona, gânglios incham, nódulos. Saudades. Bebida. Saudades.
8 meses e 11 dias sem crises, sem gripe, apenas um problema de visão no mês de dezembro. Nada comparado ao medo que sinto agora, medo que me traz de volta a angústia e a insônia, sem saber quanto tempo Deus reserva para mim. Pressão sobe, febre à tona, gânglios incham, nódulos. Saudades. Bebida. Saudades.
Qualidade de vida, agora ou antes? Antes, mas queria que o antes fosse agora, confuso, complexo.
Família, Amigos, Saúde... Precisando de pouca coisa, que a maioria das pessoas tem. Mas só tenho uma saudade que preenche tudo... Saudades, assim, no plural.
Família, Amigos, Saúde... Precisando de pouca coisa, que a maioria das pessoas tem. Mas só tenho uma saudade que preenche tudo... Saudades, assim, no plural.
Inveja, estupidez e incompreensão, teria sido letra de alguma música? Espero que agora ela não faça parte da letra da minha vida. Aonde foi a minha felicidade? O que está acontecendo? Por que eu não sei dizer não? Por que eu não consigo pensar? Por que eu penso demais? Preciso calar-me, descansar e dormir.
Dias assim, dias nublados, só peço uma coisa agora meu bom Senhor. Dai-me saúde! Tira esta montanha que agora carrego em minhas costas!
God, please, bless me and forgive me my faults.
Carpe diem
Márcio Dadox
Márcio Dadox
Porque o segredo da vida é amar... o resto não vale à pena!
Um comentário:
Sei que em sua maioria, palavras de conforto são um tanto ineficazes, soam como piedade.
Sei que necessitamos de atitudes mais assertivas, queremos presença de fato e não apenas um punhado de palavras piegas.
Neste mundo "cão" em que vivemos, nossas perspectivas estão cada vez mais frágeis, tudo parece ser meramente um convite à exaustão.
Márcio, fizeste muito bem em públicar este texto, pois refletir torna a mente disponível à inspiração. Temos muita coisa em comum, teus sentimentos contidos nestas entrelinhas são recíprocos aos meus, não tens idéia de como foram fiéis.
Para terminar deixo-te uma pequena mensagem, que ajuda-me sempre nestes momentos caóticos:
"Toda dor passa, devagar ou de repente, contanto que a gente faça de conta que está contente. Toda dor passa um tempo, infinito minuto, se fazendo sentir. Toda dor faz a gente se achar diminuto e ter pena de si. Toda dor é enorme, enorme, menor do que a gente, Toda dor cansa e dorme em mim e em ti."
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