Que se volte a luz!

Desatinos, Descompassos e Devaneios

2 de dezembro de 2008

Primeiro dia do último mês do ano de 2008





Chega dezembro, estou com a garganta inflamada há três dias, ou seria quatro? Bom, não importa. Acordo às 6h, não porque eu quero, é que esqueci de desativar o alarme do celular, levanto meio zonzo de sono, desligo o celular e saio para o banho. Preparo um rápido café e fico esperando a carona para me levar ao curso de espanhol. Preciso terminar a porcaria de um único exercício de prática de compreensão auditiva para poder fazer a prova que irá acontecer pela parte da tarde, ou seja, vou perder tempo mesmo!


A carona chega às 07h e 40minutos. Saio, o silêncio pondera até o curso, onde pergunto se posso soltar no meio do caminho, para facilitar o percurso dele e lógico que o meu também, na verdade a pior coisa para mim é o silêncio de alguém mal humorado. Apesar de que às vezes em que ele abriu a boca foi para reclamar de alguma coisa. Enfim, é carona não é? Então... respire e relaxe!
No curso de espanhol, pego o CD e escolho um computador para fazer os exercícios, poderia ter sido mais rápido, se eles funcionassem, apesar de terem colocado dois novos computadores, nenhum deles funciona. Mas a secretária me ajuda e depois de longos 10 minutos eu começo a fazê-lo, em 15 minutos acabo e vou para minha casa.


No caminho entro em um supermercado, lembro que preciso comprar um inseticida antes que os mosquitos dominem o mundo, porque o meu quarto já foi dominado por eles e é necessária uma luta severa. Estou cansado de doar sangue. Compro o inseticida e no meio do caminho encontro um spray com o cheiro LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA. Hã? Como assim? Começo a viajar em frente à prateleira, que cheiro será esse? Lembro da minha infância que eu brincava com massa de modelar e tinta guache, os cheiros seriam esses? Quando eu me mudei ainda pequeno para outra casa tinha uma boca de fumo na rua vizinha, o cheiro de erva queimada invadia casas adentro, mas acho que eles não fariam um cheiro assim, era demais para minha cabeça.

Também tinha os meninos da praça, estas crianças viviam cheirando cola, acho que o cheiro para a infância deles seria esse, mas não faria o meu tipo. O meu quarto também sempre foi perto da cozinha, e todos os dias quando eu acordava sentia o cheiro do café preparado pela minha mãe, bem que poderia ser esse. Na dúvida em saber qual era o bendito cheiro dentro daquela latinha com um ursinho, também o levo.


Chego em casa morrendo de sono e com a garganta ainda inflamada, durmo, mas não sem antes testar a lata do cheirinho. O cheiro é de talco de bebê, bom, se este é a lembrança do cheiro de infância, eu não lembro, era muito novo para isso.


Durmo até a hora do almoço e depois começo a ler os textos de espanhol para a bendita prova. Na sala a afilhada da minha irmã ouve o DVD pela milésima vez do Patati Patatá, aqueles palhaços afrescalhados da televisão. Consigo estudar entre um bocejo e outro e vou para a prova, na verdade não faço nenhum exercício, apenas leio e releio as lições.


Antes de pegar o ônibus para o curso, pego um livro, água para elefantes e saio lendo. Título esquisito, mas o livro começa muito bem, exceto por falar de idade.


No curso, faço a prova e vou para casa, mas antes tenho que ir a um banco para pegar dinheiro para pagar a academia. Uma fila imensa em um único caixa eletrônico. Não sei porque, mas toda vez sou o último da fila e quando eu saio não tem mais ninguém atrás de mim, não poderia ter feito outra coisa e quando eu chegar não ter mais fila? Fico lendo durante a fila e o povo resmungar pela demora de alguns usuários, realmente muitos deles pensa que o caixa eletrônico é vídeo game e tentam todas as opções antes de tirar um extrato.


Lancho no meio do caminho, apesar da dieta, a vontade de comer um cachorro quente com coca-cola me enche a boca d’água. A vontade é tão grande que termino comendo dois sanduíches. Como-os sem culpas, mas depois ela aparece. Então chego em casa e corro para a academia.
Antes de ir para a academia, traço a batalha com os mosquitos dominadores do meu quarto, fecho as janelas e a porta e feito um louco para matar todos os bichos. Saio do quarto verde de tanto veneno.


Vou para a academia animado, mas quando chego lá, milhares de pessoas se amontoam dividindo as máquinas, a academia estava lotada, isto porque é semana do carnatal (carnaval fora de época) e é hora de desfilar os corpos sarados por aí. Apesar de que 3 dias o máximo que este povo vai conseguir é sentir-se dolorido até lá.


Malho em 2h e meia, volto para casa, está acabando a noite. Assisto um imbecil na televisão com alguns universitários. Engraçado é que ele faz algumas afirmações no estilo sou o gostosão e burro, como exemplo posso citar: acredito que universitários sabem a história do seu país. Bem, se eles forem de história ou da área humanística quem sabe. Mas da área de exatas, aqueles que passam 5 anos fazendo de tudo para não serem reprovados, não vão lembrar onde ocorreu a guerra dos mascates. Minha vontade em uma hora dessas era perguntar se ele sabia qual era a integral de xdx. A integral mais básica para quem estuda um pouco de cálculo. Ele tem é que parar de falar bosta na TV.


Entro na net, leio um pouco, tento fazer algumas ligações, todas em vão! Adormeço sem lembranças de um boa noite. Normal, minha garganta dói.

Assim começa o meu último mês de 2008.


Carpe Diem


Márcio Madox (em homenagem a Mabele que me chama assim)

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