Que se volte a luz!

Desatinos, Descompassos e Devaneios

28 de abril de 2009

Cotidiano...


Segunda-Feira

Meu Cotidiano

Segunda-Feira

TOC TOC TOC, bate na porta do meu quarto, grita meu nome, assustado, pulo da cama e saio correndo! Você tem que buscar seu pai no escritório fala a minha mãe. Ele passou a noite em claro resolvendo problema de impostos dos outros. Brasileiros, tudo de última hora!

Engulo o café, saio voando, primeiro engarrafamento, são quase 8h e é segunda-feira, todo mundo estressado e ressacado tem que ir trabalhar! Mudo a rota, pego o velho campus universitário, meu amigo há 10 anos, sei que lá é livre... Quer dizer, era livre, obra de saneamento, as duas pistas viram uma só. Outro engarrafamento. Chuva! Chuva. A cidade do sol é quase cidade da chuva. 8h e 30min.

Saio do campus, chego a uma rua livre, chego no escritório às 8h e 55min, meu pai está atendendo 3 telefones. Ele com os olhos vermelhos pede para que eu espere um pouco. Se com um telefone já é um problema, imagina ele atendendo 3. A hora voa e eu esperando.

Chego à faculdade, corto alguém na rotatória de uma pista, não vi, ele buzina por uns 5 segundos, eu mando beijos, ta estressado? Fica em casa! Chuva, chuva... Tento estudar, mas hoje não é dia de pensar, cérebro travado. Resolvo fazer análises, rápido e fácil! Hora do almoço, casa. Estudar. Estudar? E o sono? Estudar! Olhos trocados! Tomo um guaraná! Dois! 14h

Estudar... Desmaio sobre os livros por longos 20 minutos!

Saio atrasado, minicurso para o concurso e tenho que sacar dinheiro! Chego, sento, pago, converso, estudo, chuva!

Casa. Casa, fome! Casa! Pensamento em círculos! Meu pai me pega, vou para a casa do amigo dele, reunião às 22h e 30min! Meu pai é doido! Lá estudo por 40 minutos!

Chego em casa, janto às 23h e 40 min. Estudo! Telefone! São 2h da manhã! Encerra a ligação. Encerra-se o estudo. Lanchar! Ah! Vou acordar daqui a pouco! Não sei agora se durmo ou se estudo!

Lancho ou espero pelo café da manhã! Cadê o guaraná?

 

Carpe diem

Márcio Dadox

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma pessoa ainda conta por aí que a Engenharia a deixou burra.

:X

O texto passou-me a idéia de tua caoticidade cotidiana com muita intensidade, gosto da maneira que usas as palavras.

Fiquei sem fôlego.

Abração, se cuida.