De volta aos meus pensamentos, escrevo as noites tortuosas e frias de São Paulo no mês de dezembro antes do natal. Show de uma pop star, boates lotadas e de pessoas vazias, completamente vazias e no cio, feito zumbis por suas combinações de álcool e drogas, pessoas indo e vindo e eu ali, perdido e sem saber o que fazer, após algum tempo fujo! Sem ninguém, absolutamente ninguém, eu e minha sombra, companhia inseparável. Chove lá fora e eu chovo no banheiro, trancado, esperando a noite que não vai chegar ou dia que não virá.
Caos, o show, mais de setenta mil, furo fila, peço, entro, bebo, falo, grito, berro, pulo, ajudo, canto refrões, conheço pessoas, mas estou completamente perdido. Sozinho.
Viagem de volta. Graças a Deus. Será a melhor viagem da minha vida. Estou voltando para casa. Sem culpa. Novo recomeço. Será natal
Família, ah! Minha casa. Meus pais. Saio, novos amigos e amigos velhos. Traição como presente. Fidelidade ausente, mentira brilhando e vingança por algo que não cometi através de mentes doentias é o que eu recebo nesta noite tão feliz e agradável. BEBO! Aliás, estou bebendo desde do dia 12 ou seria 13? Ah! Quem se importa! Abraço alguém sem alma, abraço várias pessoas sem alma e elas sugam a minha energia. Lado bom, fiz uma doação. Energia alcoolizada para pessoas sem escrúpulos ou de mau caráter que estavam ao meu redor. Quem bom!
Obrigado pelos novos amigos, espero corresponder e espero que eles deixem a minha individualidade, deixem eu errar, deixem eu continuar sendo eu mesmo, deixem-me em paz quando eu precisar. Deixem-me tentar ser feliz a minha maneira. Não sou livro de colorir, eu já estou trazendo as minhas cores pré-definidas, posso no máximo ajustá-las!
Carpe Diem
Márcio Dadox
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