Saudades

Mês de fevereiro começa assim...

 Saudades,

 Saudade, meu coração está cheio deste sentimento que representa um enorme vazio. Saudade da minha infância, do meu tempo de escola, das brincadeiras de rua, das descobertas, dos cuidados que tinham comigo, de poder falar besteira, dos primeiros encontros, da falta de preocupação. Ah! Como eram doces estas saudades.

 Vem a juventude, e a saudade já começa antes mesmo do tempo passar, saudade das viagens com os amigos, saudades de um perfume, cor, de uma roupa que costumava a usar e agora além de não caber, já seria muito fora de moda, saudade daquilo que já não se lembra o nome, mas se sente o cheiro e chega dar água na boca. Saudades de ficar nervoso ao colar na prova, saudades da roda de violão, das canções, dos amores passageiros.

 Saudades do tempo de faculdade, do nervosismo a cada fim de semestre, da vontade de ser o melhor, da disputa justa e sadia com os amigos, da vontade de vencer, saudade de ficar perto o tempo todo. Saudade!

 Então nos apaixonamos e às vezes sentimos saudades, às vezes sentimos alívio por não termos mais tanta saudade assim, mas mesmo assim ainda resta uma saudade, saudade do primeiro encontro, saudade do primeiro beijo, da primeira vez, saudade, saudade...

 Com o tempo perdemos entes queridos, a saudade então é doída, sofrida e algumas vezes nós não nos conformamos, mas se faz necessária para que o mundo gire, para que nós cresçamos e também amadureçamos.

 Como é bom sentir saudade, pena que dói, enche nossos olhos de lágrimas e não podemos voltar a trás para dizer aquele EU TE AMO ou para dizer: você me deixa SAUDADE quando vai embora. Saudade, um sentimento grande de um enorme vazio que fica. Saudade, minha alma gritando e querendo voltar para onde deveria estar.

 Saudades, Saudades...

 Carpe diem

 Márcio Dadox

 P.S.: 2 anos “sem” você vó.